domingo, 31 de janeiro de 2010

Da janela lateral despede se o mês de Janeiro


  Da janela lateral...Vejo Janeiro despedir se e com ele levarei algumas coisas na mala, que carrego pelo asfalto. No primeiro mês do ano, deixo sob a óptica da lembrança ressalvo nas arestas da memória: as manhãs naquele chão de terra; transmudou se conciso nas conversas, histórias ali contadas, ali vividas e ali descobertas.Cada programação, cada idéia, cada novo dia que se repetiu sem ser igual; e as borboletas então, cada dia uma nova vida, quantas não foram vistas? Admiradas e deliciadas de sua junção de cores e exuberantes formatos? 
  E o percurso continua, seja pela estrada de terra batida ou não...Cada acerto, cada erro, tudo por tomar se nota...Um aprendizado.
 Cada rosto, cada criança cada jovem, uma conquista, e isto não tem preço, é um apreço.Acorda garotada, vamos pra diversão que a banda da alegria chegou! Fomentando naquele camping tímido no dia em que do céu caía uma fina garoa, cada gota que saiu daquela piscina, onde aconteceram várias hidros...E torneios de toboágua então? Cada descida uma adrenalina que não se repete; a hora da criança, a magia nos olhos daqueles pequenos, cheios de vontade de fazer arte, quantas crianças não passaram por aquelas mesas e cadeiras, quantos papéis e quantas mãos foram pintadas?? Quantos quilômetros percorridos por aquelas ladeiras? Com a presença da chuva, do sol, das nuvens... E pela experiência?
 Quantos poositivo!Foram escutados com os ouvidos hirtos e logo em seguida muitas gargalhadas...
 Cada sorriso, cada imagem, cada foto que fica na lembrança; são tantos nomes...Pedro e as manhãs de flores, Gigi do 78, Arthur e Leo um brilho nos olhos inesquecível, a bandinha e a alegria de Vitor, Camila e Carol, fiéis escudeiros, Sabrina e a outra Gigi as artistas, Isa e sua mamãe que adoram aqueles simples três dias, Gabriel "O Terrível" e o Gabriel "Cada um tem um dom", não posso esquecer do Gabriel "Ronaldo", a galera da bandeira suja, (Galerinha do mal, que desarmou se no Homem ao Mar), Giovana super miojuda...
 Tudo isso ocupará um enorme espaço na minha mala sem falar nos que não mencionei, como a Naty a Mayara, Bruna e muito mais...
 Ficará comigo, com quem quiser partilhar destas memórias...E assim foram minhas "férias", as melhores...Cada finalzinho de tarde, o sol se pondo, tudo a ser avistado pela janela lateral e outra canções que me embalaram.
 Cada dia uma pessoa diferente, uma pessoa igual, entre o fantasma do pirata do Caribe à Francesa com língua presa; até o Chico (a estimação) entrou na nossa história, nas aventuras, na cachoeira que lava a alma ...Até seguirmos novamente, agora com o sol quase aos nossos pés, ainda na estrada de terra batida, vamos nos embora, até a próxima temporada, com outras histórias a serem contadas e fixadas no mural da alma.....Então, tchau por meio da bandinha da alegria.
Obrigada Pesão e obrigada Pipoca pelo presente...Com certeza vocês são especiais.

Ouçam

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lembranças

  Sóbria luminosidade da alma, onde tudo é livre e respira e vive e sente e dança.
  Tudo passa!?!
  Dois ou três minutos bastam para que céu e terra se cruzem dentro de mim...
  Onde as onas quebram,
  o sol se põe,
  os namorados se beijam
  e os anjos dançam.
  Lugar este, que só vive em mim. E porque não criar um oásis de paz aqui?



Saudades, escrevi isto em Julho de 2007

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


Não tem jeito, 
a inspiração é tão instante  e dinâmica
que não me permite, através da prosa do ontem 
proferir meus processos, minhas fases e etapas no hoje.
É tarde!
Quando tento organizar toda esta euforia e as outras ainda sem nome,
fico aqui, estática,
buscando estes que coexistem em alguma parte desta arruaça ...
E não permitem uma idéia organizada da minha visão de mundo,
talvez por este motivo as imagens e idéias ainda tenham uma aparência distorcida e simulada

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um carro de lata



  Com seu carrinho todo refeito de latas, despertou a atenção daquela que estava há apenas dois minutos em sua quimera.Subia a pequena diagonal que formava tal rua; com sua calça escura que mesclava tons negros com a sujeira arrimada daquela tal cidade, usava também uma camisa que se estendia até os punhos, na verdade social...Cuja, fora branca um dia e hoje já nem sei mais tal nomenclatura,esmiuçada de pequenos quadrados azul marinho.
   Aquele olhar fitou a por míseros minutos, como quem anseia um simples sorriso e sofre com paciência tal desprezo.
   Lá vai aquele que por segundos, minutos, horas, enfim, tempo; colabora com toda aquela tal cidade para que não seja afetada por tais enchentes deixando outras tais cidades submersas. É só e tudo isso que faz aquele tal homem...Aqui sem nome, mas ele existe e é real...Então, continua no percurso da mesma rua, que torna se mais íngreme a partir do próximo quarteirão, um passo após o outro e seus tantos quilômetros já percorridos envolto por aquele carro de lata, a caminho de não sei o que, ou quem, buscavam o homem com  aquele par de olhos negros  ainda com um brilho sublime e ao mesmo tempo exaustos...Sob aquele tal calor memorável do século XXI, naquele Janeiro quando os ponteiros indicavam 17:25.
  Talvez mergulhado na perspectiva de que a aurora chegará, que o amanhã será melhor que o hoje...Assim se foi o homem e seu carro de lata, seguindo por aquela tal rua que tornava se cada vez mais difícil de assentar seus passos vagarosos sobre o asfalto...Um passo atrás do outro, como quem vive um dia de cada vez...
   E ela? Ficou ali...Parada, perplexa e inerte na quimera que acordara ou dormira....

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

  É incrível como o menos pode ser mais e as coisas ditas pequenas se tornarem extremamente grandes....
  Depende apenas da importância que reservamos à elas e isso não se aplica diretamente à determinados nomes como emoção, sentimento, entranha...E assim poderia discorrer sobre vários nomes e não terminar hoje, contudo, o que falo neste momento é sobre coisas um pouco mais cotidianas e próximas as pessoas, como por exemplo, chegar em casa após um dia de trabalho...Procuro ainda um nome que não seja trabalho pois, qualquer coisa que defina prazer em fazer o que se faz ou fazer o que tem prazer, ou ainda outra coisa que não seja tão redundante. Enfim, só gostaria , de compartilhar uma situação minha ou que vivenciei e na presente verdade e momento não é  minha e nem me pertence...(Outra palavra com alto poder, não gosto: esse tal pertencimento, mas este papo é para outra hora) Onde nem eu mesma acreditei no tamanho daquele cantinho que tomou conta do salão, de tantas crianças que ocupavam aquele "cantinho da criança", mas o assunto no que ele é, seria sobre o depois deste dia, quando você chega em casa.O que a maioria das pessoas fazem? Continuam suas rotinas mais loucas e estressantes e não param, não param mesmo...Não para dar um tempo a si próprio, ver de repente uma árvore com uma forma estranha, ou ouvir aquela música que tanto lhe faz bem, mas não fazer isso dentro do carro ou naqueles aparelhos infernais cheios de tecnologia...Escutar mesmo, até de olhos fechados, reparar na melodia da música, no sentimento que ela trás, sua letra, perceba seu coração batendo em cada nota, em cada pausa e...De repente o seu pouco, pode ser muito, á ponto de transformar o que o dia (ou no caso a noite) ainda lhe reserva...O que possa ajudalo a respirar aliviado, deitar a cabeça no travesseiro aquela noite e adormecer como uma criança, faça o ir em busca de um sonho já esquecido na estrada e empoeirado pelo tempo, aquele que você não se deu; ou até mesmo criar novos...
  Paremos um pouco...E dêem um tempo do seu dia para si...

 No mais, é nada...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010


 O suor é um óleo suave, beijando nos a fronte de uma tal maneira que o coração embebesse de uma só vez, onde tudo é turvo e, quando finalmente consigo detectar a luz e transformar essa percepção em impulsos quase elétricos, vejo as poltronas cheias vazias; de massa, de vácuo, ar este, que consumiste meu âmago...E coube em um segundo, que mais se pareceu com a eternidade e num piscar, destes mesmos olhos, sumiu me este paradoxo sentimento...
[...]Numa intrínseca vontade de ver a montanha. Sair...Ver o que existe além do extremo nada.
  E ao desenrolar da música, anexa aos movimentos que daqui saíram, mas agora propagam se pelo imenso vazio,e tudo soou com tanto sentimento, que de repente os aplausos vem me dizer que tudo já acabou...E então tudo o que pousou sobre meus ouvidos hirtos desaba, trazendo me de fato, à existência porque no final das contas, é só você contra si mesmo, então, o que impede de agir a favor?

domingo, 10 de janeiro de 2010


Olho,
à janela,
o tempo
que passa
e não espera
ninguém.

Tempo ingrato
Tempo que marca
a vida,
tempo perdido
no tempo,
tempo alegre,
tempo bom.

O tempo
é como o rio:
transporta
a vida
na barquinha
das recordações...


Delores Pires
In 'A Estrela e a Busca'


  Tenho pensamentos que criam asas e acabam por voar onipotentes, nas mais estonteantes alturas; quando o céu se aproxima da terra, ele permite que as nuvens baixas venham me ouvir e inspirar à criação, porém, acabam se confundindo com meus sonhos...


I wrote it on 2008/04/08

sábado, 9 de janeiro de 2010

As coisas são assim....
Um pouco distorcidas,um tanto tortas,
As vezes parecem imagem manchadas, apenas borrões.
Mas quem sabe nestas manchas existam coisas intangíves,
que simplesmente foram criadas para serem admiradas, sentidas ou vividas...
De que valem as manchas se elas não podem ser sentidas?




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Me falta um título...

  Todo artista produz primeiro uma obra para si e depois para os outros. Não é nos momentos de aplausos, mas sim nos de profunda solidão, vazio, angústia ou crise existencial que os artistas se tornam mais produtivos. A inspiração surge no terreno da inquietação...




  Terei muitas vidas,ainda que por um instante, e em cada vida que atingir, darei ao homem a esperança através de risos e então poderei expandir me até atingir cada recanto onde haja escuridão...E levar um pouquinho de luz...