domingo, 28 de fevereiro de 2010

Delírio da mente a transcender, mesmo que em vão, 
as informações, que há anos luz teimam em percorrem nosso interior.
E mesmo após tantas turbulências...
Continua a caminhar sobre as pernas bambas á procura daquilo que já se tens.
E no inicio uma nota a entranhar se noutra, traçando por entre o intangível,
 aquilo que não se vê  com os olhos abertos, e sim,
 na ausência de qualquer ruido extrínseco, 
quando o prisma repousa sobre outras perspectivas.
 E através desta trajectória, a deparar se com aqueles
 pontos no tempo,
em que a música antes leve e calma 
agora prestes a açodar como tudo que se move.
 E cada vez mais veloz, 
acaba se perdendo por entre as palavras que não falei,
 atropeladas e esquecidas na poeira da estrada....
 Então aquele oi findou meu canto que outrora era um pranto, 
em uma calmaria e uma saudade que insiste repousar por sobre meu ombro...


sábado, 27 de fevereiro de 2010


 Veemente.
 Se faz presente no atual tempo 
 denominado hoje,
 a interceptar a luz 
 por um corpo opaco.
 Por entre as sombras
 molhadas nas poças de desejos 
 urbanos,
 quais não fazem sentido algum
 há datas...
 As mesmas  vinte e quatro horas 
 sem direção
 que vão por tomar o tal menino levado
 por dias,
 meses e até quem sabe anos.
 E então todo o sentido 
 não se faz mais necessário.
 Pois o viver e o sentir,
 se complementam e não se contradizem...




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

 E simplesmente o instante volta a ser presente, quase que num eterno espaço entre o ser e o estar, entre a lucidez e a quimera. E de repente, muito mais que de repente do riso fez se realmente o pranto, mesmo que naquele instante...
  E agora o momento é outro e a situação e a escolha também se modificaram...A felicidade porém, não se acabou, apenas descansa um pouco longe, e meu canto findou num lamento...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A mão erguida


   Era apenas uma discussão irresponsável e sem pretensão nenhuma, (moradia do dissimulado perigo). Então o estágio avança a ponto de os insultos e gritos presos naquele emaranhado de raiva, desprezo e outros cruéis sentimentos despertar a curiosidade dos vizinhos de rua, é dado o  momento em que a senhora que beira os cinquenta anos, na sua, somente sua verdade, levanta se do sofá e a beira duma quase loucura travada naquela agora guerra, afrontou com suas injúrias a fronte oriunda, como se estivessem numa busca por definir, através destes ultrajes quem era a maior, melhor nesta ridícula competição.
  Eis então o momento, em que aquele pequeno ser, de apenas cinco anos, munido apenas do amamento artificial do leite, se faz presente, da unica e notável maneira que se sabe fazer, junta se aos gritos, os apelos do pequeno que derrama lágrimas pela oriunda sua mãe.
   No apogeu das ofensas, a mão é erguida e o tapa delatado e o tempo enraizado na memória do pequeno, entra em cena então, uma terceira personagem, aquela que testemunhou a cena bem de perto, sem nada fazer, quando na verdade, borbulhavam lhe os sentimentos pelas entranhas...Não sei se ela vive para fora ou para dentro, ainda fico aqui, parada pensando, escrevendo, o que se passa com ela. Mas no foco, a mão lançada sobre a face oriunda,  reverte com outra mão, e o que de início foi um desentendimento, agora já não o é...
  ...E quando as coisas saem do controle, também saem de cenas as duas personagens passivas, talvez na ação...Enfim, vão até a praça, e aquela que pelos anos vividos, compreende o sentimento do pequeno, distrai o com sorrisos e histórias, que o atentam por alguns minutos...Juntos ali, eles avistam o carros ao longe, e entre um abraço e outro, carros mais próximos...Os minutos passam e aquela angústia permanece...
 O que é esperado por aquela mão que se ergueu?